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terça-feira, setembro 25, 2007

Base rejeita candidatura de Marconi em Goiânia

Maioria da base aliada rejeitou ontem a possibilidade de o senador Marconi Perillo (PSDB) transferir domicílio eleitoral para Goiânia a fim de disputar a prefeitura. Entre os deputados estaduais e federais, 17 são contrários, enquanto nove acham que o senador deveria concorrer. Na base aliada ao governo estadual, a candidatura de Iris Rezende (PMDB) à reeleição é tida como certa. Marconi seria o nome mais forte para concorrer. A deputada federal Raquel Teixeira (PSDB) ainda não foi consultada. O presidente regional do partido, Antonio Faleiros, foi contra a mudança.

O senador voltou a citar o nome do ex-prefeito Nion Albernaz como candidato hours concours, mas ele já rejeitou a possibilidade. Nos discursos, deputados estaduais, federais, prefeitos e assessores defenderam que Marconi funcione como espécie de referência, cabo eleitoral número um da base aliada nas eleições em todo o Estado.

O líder tucano afirma que o grupo governista tem bons nomes para lançar à Prefeitura de Goiânia e que deve-se buscar candidatura de consenso. “O PSDB tem direito de lançar candidatura, até porque não lançou em 2004 e 2006. Tem legitimidade e excelentes quadros”, diz. Ainda assim ele afirma que não é obrigatório que o partido tenha o candidato.

2010

Marconi desautorizou que qualquer pessoa fale em seu nome sobre possível candidatura ao governo em 2010. “O foco é o governo Alcides (Rodrigues, PP). Ele é o governador. Não quero nenhum tipo de demonstração de qualquer tipo de movimento, governo paralelo, coisas nesse sentido.”

No entanto, a próxima disputa ao governo foi um dos motivos para que o pleito em Goiânia fosse descartado. Entre os dois argumentos que fizeram a base desistir da candidatura dele está a renúncia no Senado e uma provável renúncia em março de 2010 para tentar voltar ao Palácio das Esmeraldas (Marconi governou de 1999 a março de 2006). “A palavra renúncia pesou muito”. O segundo motivo seria porque o tucano construiu a carreira política no interior – apesar de morar na Capital há 30 anos.

O senador comentou ainda troca de farpas na base aliada entre os grupos ligados a ele e ao governador. “O que há é futrica de pessoas que não têm nenhum tipo de ascendência junto às pessoas que realmente importam.” E citou a música de Chico Buarque “Vai Passar”, sobre os desentendimentos na base aliada.

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