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sexta-feira, novembro 03, 2006

A ESPERANÇA AINDA ESTÁ VIVA

Sim, os cidadãos da segunda divisão votaram em Lula,
mas até quem não votou agora aposta nele.
Presidente metalúrgico.
Em 30 imagens, a história de um homem do povo que alcançou a Presidência. A maioria dos brasileiros identifica-se com o igual que foi tão longe

Milagre não houve, Lula ganhou. Não ouso contestar outros milagres, alguns provocados mais pelos homens do que pelos espíritos transcendentes. Bons ou maus, os espíritos, depende dos pontos de vista.

Duas observações sobre a reeleição do presidente da República.


Primeira: as razões da reeleição. No meu entendimento. Queiram ou não os vetustos donos do poder, e independentemente da atuação do seu governo no primeiro mandato, Lula representa, desde 2002, uma mudança formidável. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e os conservadores em peso, e a mídia idem, empenharam-se em sustentar que na campanha Lula defendeu a divisão entre pobres e ricos, como se pretendesse precipitar a Tomada da Bastilha, enquanto a diferença se daria entre estados contemporâneos do mundo e os malfadados grotões.

Questões de lã caprina, aparentemente. Lula não é revolucionário, é óbvio. Algo muito mais profundo acontece, contudo, e supera de longe os desequilíbrios regionais para assumir, como é justo, a dimensão nacional. A separação entre os dois Brasis acentuou-se tragicamente, por obra de políticas econômicas que favorecem poucos e diminuem o País.

De um lado, a dita elite, primária e feroz, e os aspirantes à elite, aqueles que sonham freqüentar a Daslu e ter acesso aos carrões importados além das vitrines das fantasmagóricas lojas da avenida Europa em São Paulo. Do outro, remediados, pobres e miseráveis. Setenta, oitenta por cento da população. Sugiro uma visita turístico-sociológica à favela paulistana de Paraisópolis (Paraisópolis?), na concha de um vale, cercada por edifícios senhoriais instalados nas alturas, chamam-se paços, cortes, mansões, palácios. Está aí um dos mais perfeitos símbolos da fratura, vertiginosa.

Confira a íntegra do artigo de Mino Carta




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