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terça-feira, junho 19, 2007

PMDB e PR fazem aliança em Goiânia

A aliança política entre o PR e o PMDB, depois de muito namoro, enfim se concretiza. Os dois partidos dão o pontapé inicial com vistas às eleições de 2008, que passa, necessariamente, pela reeleição do prefeito Iris Rezende, com acordo pré-estabelecido para o pleito de 2010.

O deputado Cláudio Meirelles, do PR, um dos principais interlocutores entre Mabel, presidente da legenda, e Iris, disse ontem que o vereador republicano Antônio Uchoa deve assumir ainda esta semana a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, no lugar de Eudes Cardoso. Com Uchoa na equipe de Iris, o suplente Mário Ghannam ganha cadeira na Câmara de Vereadores de Goiânia.
Também não será surpresa se o ex-prefeito Darci Accorsi for enquadrado na equipe do prefeito. Meirelles não descarta essa possibilidade. Suplente de deputado estadual, Accorsi foi afastado, em 2005, da presidência da Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego), chegando a ser preso, sob a acusação de fraudar licitações. No entanto, foi inocentado.

Mesmo fazendo parte da base aliada, o PR tem adotado uma postura de independência em relação à orientação do Palácio das Esmeraldas. Em 2000, ainda registrado como Partido Liberal (PL), optou por lançar candidatura própria à Prefeitura de Goiânia, mesmo com os apelos da base governista. O mesmo aconteceu quatro anos depois.

Para o ano que vem, o partido pode enveredar por outro caminho, emplacando uma aliança com o PMDB, distanciando-se do governo estadual.

Nem Sandro Mabel nem Cláudio Meirelles escondem a insatisfação com o pouco espaço ocupado pelo partido no governo. A primeira investida do partido, para ficar no comando da Saneago, fracassou. Prevaleceu a força do prefeito de Itumbiara José Gomes, ex-PMDB. O grupo agora reivindica a Secretaria das Cidades, com a indicação do vice-governador Ademir Menezes. A pasta é hoje ocupada por Orion Andrade, ligado ao ex-prefeito tucano Nion Albernaz.

VICE


Os republicanos já até trabalham para indicar o candidato a vice, mas o assunto não deverá ser discutido agora. Isso porque o PMDB ainda não desistiu de buscar o apoio do PT. O partido recusou, inicialmente, convite para o primeiro escalão, para preservar o lançamento de candidatura própria, mas os peemedebistas tentam atrair os petistas acenando com a vaga de vice na chapa de Iris.

O PMDB tenta se beneficiar do fato de o ex-senador Maguito Vilela, presidente estadual da legenda, ter sido indicado para ocupar uma vice-presidência no Banco do Brasil, para se aproximar ainda mais do PT. A estratégia pode dar certo, segundo um vereador petista.

A palavra de ordem no Paço é ampliar o leque de alianças para 2008, visto que, nas eleições de 2004, o peemedebista fechou aliança tão somente com os nanicos PSC e Prona. Com exceção do PT, PSB, PR (ex-PL), PDT e PTC – que lançaram candidatos próprios –, os demais partidos orbitaram em torno da candidatura de Sandes Júnior (PP), que tinha o aval do Palácio das Esmeraldas.

O PMDB trabalha com a possibilidade de contar com o apoio informal de vereadores da base aliada do governo estadual. “Alguns já estão dando sinal de que vão apoiar Iris”, sustenta um vereador ligado ao governo estadual.

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