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segunda-feira, março 12, 2007

Plano de Temer é presidir a Câmara em dois anos


Reeleito neste domingo para presidir o PMDB até março de 2009, o deputado Michel Temer (SP) tornou-se o nome favorito à sucessão de Arlindo Chinaglia (PT-SP) na presidência da Câmara. Fazer de Temer o sucessor de Chinaglia passou a ser uma das prioridades do grupo que se formou ao redor do deputado.

Neste domingo, Chinaglia fez questão de dar as caras na convenção peemedebista que renovou o mandato de Temer. Agradeceu o apoio que recebera do PMDB. Apoio decisivo na queda-de-braço que travou com Aldo Rebelo (PCdoB-SP) pelo comando da Câmara.

A presença de Chinaglia serviu para renovar uma promissória que mantém o PT atado ao PMDB. Em troca do suporte dado a Chinaglia, o PT comprometeu-se a apoiar, em 2009, um candidato do PMDB à presidência da Câmara. A depender do plano acalentado pela maioria dos deputados peemedebistas, esse candidato será Michel Temer, que já presidiu a Câmara no período de 1997 a 2001.

Se obtiverem êxito na estratégia, Temer e seu grupo encontrarão no comando de uma das casas legislativas um abrigo seguro para influir na sucessão de Lula, em 2010. Como disse Temer ao blog, no sábado (11), o PMDB tentará pôr de pé uma candidatura presidencial própria. Acha que o nome a ser lançado pode transformar-se no candidato da coalizão governista, com o apoio de Lula.

Antes, Temer tentará entregar a Lula uma mercadoria rara: a unidade do PMDB. Afirma que o presidente da República contará com os votos de mais de 80% das bancadas do PMDB na Câmara –98 deputados— e no Senado –20 senadores.

Temer tem diante de si um segundo desafio premente. Terá de desanuviar a atmosfera interna do PMDB, envenenada pelas relações conturbadas entre o grupo da Câmara, do qual é a estrela máxima, e o grupo do Senado, capitaneado por Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AL).

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