Os dez municípios mais ricos de Goiás

O Coíndice apresentou ontem o resultado final dos Índices de Participação dos Municípios (IPM). A apuração, que define a parte de cada município na distribuição do ICMS arrecadado no Estado, não trouxe surpresas na composição da lista dos dez primeiros na classificação, mas mostrou mudanças de posições de várias cidades que se incluem na lista das mais ricas de Goiás. Constatou também crescimento superior a 50% no desempenho de alguns municípios, como Barro Alto, que, na última edição do Coíndice, figurava próximo à 100ª posição.Vinte e cinco por cento do total de ICMS arrecadado pelo Estado é destinado aos municípios por meio do IPM. Goiânia continua em primeiro lugar na participação, com 19,54%. Senador Canedo, que em 2006 foi apresentado na terceira posição, saltou para a segunda, com 5,45%. Operação de refinaria da Petrobras no município é apontada como um dos motivos do crescimento. Em contrapartida, Rio Verde, conhecida por sua produção agrícola, teve queda de 3,37% na participação e desceu um degrau no ranking. Anápolis se manteve em quarto lugar, com 4,87% de participação, seguido por Catalão.Em sexto lugar, com 2,54% está Aparecida de Goiânia, que em 2006 estava em 8º lugar no IPM. O município teve crescimento de 11,67% na comparação com 2006. A industrialização é um dos fatores definidos como alavanca para a nova posição. “Não tenho dúvida que Aparecida vai melhorar sua participação a cada ano. Muitas indústrias, que ainda não estão em funcionamento, não entraram nessa contagem”, comenta o prefeito José Macedo. Apesar de considerar positivo subir dois lugares na classificação, Macedo pondera que a participação do município ainda está longe daquilo que necessita levando-se em conta a população. “Cinco cidades com população menor têm participação melhor”, pontua. Defende que parte do ICMS seja repartida considerando o número total de habitantes. O sétimo lugar também tem novo ocupante, Itumbiara, que caiu da sexta posição e levou Jataí para o oitavo lugar. Luziânia, com 2,16%, se manteve no nono lugar com crescimento de 18,27% comparado a 2006. Entre os fatores de incremento está a hidrelétrica Corumbá IV e a exportação de grãos pela multinacional Bunge no município. Niquelândia é a décima colocada, com 1,94% de participação.