O nome de Daniel Dantas é sinônimo de encrenca. Nos últimos anos, foram poucos, pouquíssimos os escândalos que não trouxeram, de permeio, uma ou outra menção ao Opportunity, o banco dele. O banqueiro lida com jornalistas sempre com um pé atrás. Para onde olha, vê conspiração. Num dos inquéritos a que responde, é acusado de ter contratado a espionagem de repórteres.
Doravante, Daniel Dantas estará do outro lado do balcão. De consumidor, passará a provedor de notícias. Segundo informa o repórter Guilherme Barros, Dantas acaba de fechar a compra de 51% das ações da Editora Três, que edita a revista Istoé, às voltas com uma crise financeira que já chegara à folha de pagamento.
Dantas prevaleceu sobre três concorrentes no negócio: o empresário Nelson Tanure, do 'JB'; os grupos Bandeirantes/Camargo Comunicações e a TV Record, do Bispo Edir ‘Universal’ Macedo. Resta saber agora qual será a serventia de IstoÉ nas mãos de Daniel Dantas. Pode servir para o ataque, para a defesa ou, quem sabe?, para fazer jornalismo.
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