Carolina Pelá
Os crimes de atentado violento ao pudor no mês de janeiro desse ano em relação ao ano passado cresceram mais de 50% em Goiânia, segundo informa a delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA), Adriana Accorsi. Ela diz que esta semana já foram confirmados 15 casos de crime sexual na Capital e este ano cerca de 50 casos foram registrados na DPCA. Para a delegada, “o aumento da exposição deste tipo de crime na mídia tem encorajado um número maior de vítimas a fazerem denúncias. Mas é fato também que as ocorrências têm aumentado.”Accorsi relata que estatísticas mundiais mostram que apenas 20% dos crimes sexuais contra menores são registrados na polícia.
As vítimas, em sua maioria, são de origem humilde e fazem parte de famílias desmembradas. A delegada alerta que geralmente 90% dos crimes contra crianças são cometidos por pessoas próximas, como pais, tios, padrastos e avôs, e que a faixa etária dos menores é de 5 a 12 anos.Ela salienta que muitas mães omitem o abuso sexual cometidos contra seus filhos pelo companheiro. “A postura da mulher nesses casos, na maioria das vezes, é omissa”. Acrescentou também que muitas chegam inclusive a ameaçar as crianças, para proteger os acusados.Na última quarta-feira (20), três homens foram presos por pedofilia na Capital.
O primeiro a ser detido foi o aposentado Orestes Batista da Silva, 75, em Aparecida de Goiânia, flagrado pela Polícia Militar na cama com uma menina de sete anos. No momento da prisão, ele disse à polícia que a vítima o havia assediado. Em Senador Canedo, um aposentado também foi acusado de pedofilia e detido. Raimundo de Sousa, 52, foi indiciado por violentar sexualmente uma adolescente de 12 anos.
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