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quarta-feira, junho 13, 2007

Pescador de vantagen$ trata lambari como robalo


Às margens da administração pública sempre haverá anzóis desejosos de fisgar vantagens. A Operação Xeque-Mate trouxe à tona, porém, um tipo inepto pescador. Um pescador que não consegue distinguir lambari de robalo.
Inquirido pela PF, Genival “me dá dois pau aí” da Silva admitiu que se avistou com um empreiteiro e com um agropecuarista. Disse, porém, não chegou a morder nenhuma isca.

No mesmo depoimento, Vavá reconheceu ter pedido R$ 2.000 a Nilton Cezar Servo, apontado pela polícia como chefão da quadrilha de caça-níqueis. O pedido, segundo disse, foi “único”. E foi feito a título de “empréstimo”.

A julgar pelos grampos colecionados pela PF, a solicitação de Vavá nem foi única nem pode ser admitida como solicitação de empréstimo. Os diálogos interceptados sugerem mais: a movimentação de Vavá inspirava em Lula enorme desconforto.
Ora, confirmando-se a tese de que Vavá beli$cou a ração miúda que lhe serviram às margens do riacho turvo sem entregar nada em troca, tem-se uma revelação inédita: o Brasil conseguiu desmoralizar até mesmo a perversão. Já não se fazem corruptores como antigamente. Enxergaram em Vavá, uma piaba sem serventia, um peixão a ser "usado".

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