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segunda-feira, junho 25, 2007

PSOL vai representar também contra Joaquim Roriz


Autor da representação contra Renan Calheiros (PMDB-AL), o PSOL decidiu protocolar no Conselho de Ética do Senado um segundo pedido de abertura de processo. No documento, que começa a ser redigido nesta segunda-feira (25), o partido acusará um outro senador do PMDB, Joaquim Roriz (DF), de ter faltado com o decoro parlamentar.

Roriz foi pilhado em grampos telefônicos da Polícia Civil do Distrito Federal. Aparece nas gravações combinando um encontro num escritório de Brasília, no qual teria participado de um rateio de R$ 2,23 milhões. O caso já se encontra sob a análise do procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, que pode requerer ao STF autorização para investigar Roriz.
A exemplo do caso Renan, o Rorizgate também tem uma inacreditável conexão agropecuária. Congressistas do PSOL reúnem-se nesta segunda com os advogados do partido, para discutir os termos da nova representação. Assim como fez com Renan, o Conselho de Ética será obrigado a abrir o processo contra Roriz.

De acordo com o regimento interno do Senado, a investigação por quebra de decoro é obrigatória nos casos em que o autor da representação é um partido político com assento no Congresso. Simultaneamente, o coorregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), pretende requisitar ao Ministério Público os dados da investigação contra Roriz. Se avaliar que são consistentes, Tuma também pode remeter o caso ao Conselho de Ética.
Até bem pouco, o Senado gabava-se de ter sido menos chamuscado por escândalos do que a Câmara. Aos pouquinhos, as duas Casas do Legislativo vão ganhando a mesma aparência de delegacia de polícia. Uma delegacia atípica, mais afeita à defesa de interesses corporativos do que à punição dos desvios de seus membros.

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