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quinta-feira, março 08, 2007

O gol que faltava numa partida repleta de caneladas


Na semana que chega ao fim, Nelson Jobim, um híbrido de político e juiz, aprendeu uma lição inestimável: a política é um jogo muito parecido com o futebol. Com pequenas diferenças: a bola, por vezes, é quadrada, vale canelada, gol contra conta a favor e as expulsões não obedecem a regras pré-definidas.

Jobim entrou em campo envergando a camisa do Lula Futebol Clube. Quando caiu em si, já havia levado uma dúzia de bolas pelas costas. Tabelando com Jaques Wagner, o presidente pôs Geddel Vieira Lima na cara do gol. Ao invadir a grande área do Planalto, o ponta-de-lança do time de Michel Temer foi aos tornozelos de Renan Calheiros e José Sarney, os zagueiros de Jobim.

Súbito, Jobim viu-se fora do jogo. Foi expulso num instante em que já se encontrava estirado na maca. Nesta quarta-feira (7), Lula, o capitão do time, estava mais feliz do que pinto no lixo, como se diz.

Em visita a um Maracanã reformado, Lula acomodou o governador Sérgio Cabral (RJ), ex-meio-campista de Jobim, debaixo da trave. Ajeitou a bola na marca do pênalti e, descalço, deu o chute que faltava. Gooooooooool... Saiu para o abraço. Ali, na zona do agrião peemedebista, Sua Excelência revelou-se um craque!

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