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quinta-feira, abril 12, 2007

O chapéu da discórdia

Em meio à discussão sobre votações, CPI e aumento salarial de deputados, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), conseguiu tempo ontem para comprar briga com um deputado que se veste diferente dos demais. Edigar Mão Branca (PV-BA), parlamentar de primeiro mandato, tirou a paciência do presidente por usar um chapéu de vaqueiro durante as sessões do plenário.Irritado, Chinaglia trouxe o assunto à tona na reunião da Mesa Diretora pela manhã. O petista admitiu que o regimento da Câmara não proíbe a indumentária do deputado e cantor de forró, mas disse acreditar que o símbolo do cangaço não condiz com o Parlamento.Chinaglia tentou dissuadir Mão Branca mandando um funcionário pedir que o forrozeiro tirasse o chapéu. Mas foi mal-recebido. “Não tiro, isso é preconceito! O presidente tem de respeitar o meu direito de ir e vir. Eu estou muito à vontade e respeito as pessoas. O chapéu é minha marca desde que trabalhava na roça como amansador de cavalos. As pessoas me conhecem assim. Só o povo pode me tirar o chapéu!”, disse Mão Branca, que assumiu após o titular da vaga, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ser nomeado ministro da Integração Nacional.Mas a direção da Câmara já decidiu proibir que deputados usem chapéu e outros adereços em plenário, segundo noticiou o blog do jornalista Ricardo Noblat. Nos próximos dias, um ato normativo com a nvoa regra será publicado.

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