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quarta-feira, abril 25, 2007

Vestibular deve acabar

Era uma vez um reitor de universidade baiana que, sonhando com um ensino superior de melhor qualidade, reuniu-se com colegas de três instituições do Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e do Grande ABC (SP) para elaborar o projeto de uma universidade nova. Um dia, ao visitar a capital de São Paulo para falar sobre a proposta para outros acadêmicos, o reitor baiano chamou a atenção da grande mídia. Não porque a imprensa estivesse interessada no debate em si – essencialmente o novo modelo estimularia uma formação mais interdisciplinar.

Discutir currículo é muito chato fora do meio acadêmico. O que chamou a atenção dos jornalistas foi um dos tópicos da proposta: o fim do vestibular.Isso tudo aconteceu entre o segundo semestre de 2006 e janeiro deste ano, quando o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Naomar Monteiro de Almeida Filho, esteve em São Paulo (SP). Desde então, visitou vários Estados, inclusive Goiás – onde esteve na semana passada para apresentar a proposta “Universidade Nova” para acadêmicos da Universidade Federal de Goiás (UFG) – e Brasília, onde participou de um debate no Congresso Nacional.

O Ministério da Educação está animado com a proposta, que pode aumentar o número de vagas nas faculdades públicas sem desembolsar muito dinheiro. Hoje, há 580 mil universitários no País e o governo federal promete dobrar esse número até 2010.O projeto, que ainda está numa fase incipiente, segundo o próprio reitor da UFBA, prevê a composição do ensino superior em três ciclos: bacharelado interdisciplinar (BI), de formação geral; ciclo de formação profissional específica; e ciclo de pós-graduação. Outra mudança é o fim do vestibular como forma de ingresso nas universidades.

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