Iris quer unir partidos da base de apoio a Lula

Próximo de seu desfecho final, a reforma do secretariado do prefeito Iris Rezende (PMDB) começa a apontar os rumos do Paço para enfrentar as eleições do próximo ano. Pelos nomes cotados para assumir cargos na administração municipal, fica evidente que Iris aposta na união da base do governo Lula em Goiânia para fortalecer seu projeto de reeleição. PCdoB, PR e PDT são os partidos mais cortejados pelo peemedebista, visando uma aliança partidária sintonizada com o governo federal. O PT, legenda preferencial do peemedebista, reluta em participar da administração municipal sob o argumento de que terá candidato próprio em 2008.

O vereador Antônio Uchôa (PR) é apontado como nome certo para assumir a Secretaria Municipal de Obras. Com isso, Iris espera se aproximar do PR, que, em nível estadual, integra a base do governo Alcides. O aproveitamento de Uchôa abre vaga na Câmara para o suplente Mário Ghannam (PR), que deve se licenciar em seguida para assumir uma diretoria da Ceasa, cedendo a cadeira à republicana Maria Marlene de Almeida.

Outra composição de Iris pode ser a indicação do vereador Luciano Pedroso (PPS) para a Secretaria de Governo, o que abriria uma vaga na Câmara para o suplente Abinair Vargas (PSDB). A ascensão de Abinair, irmão do deputado Samuel Almeida (PSDB), incluiria sua filiação a um partido da base do prefeito e fortaleceria a relação de Iris com o segmento evangélico. O suplente de vereador Luis Carlos Orro (PCdoB) pode assumir a Secretaria de Esportes e Lazer, se alinhando com o Ministério dos Esportes, pasta comandada pelo comunista Orlando Silva.

Seguindo o mesmo critério, o PDT pleiteia a recém-criada Secretaria do Trabalho. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é filiado ao partido. Porém, as centrais sindicais de Goiânia encaminharam ao prefeito a indicação do médico Cláudio Brandão para o Trabalho. O nome do sindicalista tem o respaldo do vice-presidente da Câmara, vereador Rusembergue Barbosa (PRB), e dos cinco vereadores do PT.