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terça-feira, novembro 13, 2007

Sepultada estudante baleada por ex-namorado


Juliana, de 19 anos, morreu no domingo, no Hospital do Rim.
Acusado disse que atirou porque ela se negou a entrar no carro dele

Rosane Rodrigues da Cunha



A estudante de enfermagem Juliana de Fátima Carvalho, de 19 anos, foi sepultada no início da tarde de ontem no Cemitério Parque Memorial, em Goiânia. Juliana, que foi baleada na cabeça pelo ex-namorado, o cabeleireiro Graciano Gomes Lourenço, de 29, morreu no domingo, após passar seis dias internada na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital do Rim. O velório e o sepultamento foram marcados por muita tristeza, manifestações de pesar e a incredulidade de amigos e parentes da jovem, chocados com a tragédia.

Colega de faculdade de Juliana, que cursava o quarto período de Enfermagem na Universidade Paulista (Unip), Ana Paula Castro contou que soube da gravidade do estado de saúde da amiga baleada por volta das 12h30 do dia 6, quando saía da aula, mas tinha esperanças de que ela se recuperasse. “Não imaginei que ela fosse morrer”, disse. Inconformada, Vilma Abreu também lamentou a morte da colega de classe, que definiu como uma pessoa estudiosa, aplicada e muito discreta.

Juliana já havia comentado com as amigas que vinha recebendo ameaças do cabeleireiro, com quem namorou por quase três meses e de quem estava separada há um mês. No dia do crime, segundo as colegas, ela estava inquieta. “Ela parecia nervosa e saiu da sala por várias vezes”, disse uma amiga. A família também sabia das ameaças. Ontem, durante o velório, a mãe dela, Dilma de Fátima Lourenço e Carvalho, pediu às autoridades que olhem o caso com cuidado. “Não quero que outras famílias passem pelo que estamos passando”, disse, ao lado do marido, José Carvalho da Fonseca.

Recusa
Juliana foi baleada enquanto esperava o ônibus em um ponto da BR-153, em frente à Unip. Segundo testemunhas, ela foi abordada por Graciano, que chegou ao local em um Logus e já desceu do carro armado e ordenando que Juliana entrasse no veículo. Diante da recusa da ex-namorada, Graciano, de acordo com as testemunhas, disparou dois tiros na direção dos pés dela. Como a jovem, mesmo após esses disparos, não cedeu aos apelos de Graciano, ele deu dois tiros na cabeça dela. Um policial civil que passava de carro pela BR-153, viu a cena e impediu a fuga de Graciano. Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou ao local e prendeu o cabeleireiro.

Enquanto Juliana era socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), populares que presenciaram o crime tentaram linchar Graciano, mas foram contidos pela polícia. Preso em flagrante, o acusado foi levado para o 8º Distrito Policial. Na sexta-feira, ele foi transferido para a Casa de Prisão Provisória (CPP). Ao delegado Alonso Cândido de Rezende, do 17º Distrito Policial, que preside o inquérito, Graciano disse que pretendia apenas conversar com Juliana sobre o fim do namoro, mas confessou ter atirado na moça quando ela se recusou a entrar no carro dele.

Para o delegado, o crime foi premeditado. Alonso Cândido ainda vai ouvir testemunhas e a família da vítima, cujos pais moram em Jussara.

Fonte: O Popular

Um comentário:

Anônimo disse...

ESSE DESGRAÇADO TEM QUE MORRER,ACABOU COM A NOSSA FAMILIA MERECE A MORTE E IR PARA O INFERNO.