Só este ano, mais de 130 ocorrências de desaparecimento foram registradas na Divisão de Desaparecidos da Delegacia de Investigações de Homicídios (DEIH) de Goiânia. Dessas, 40 pessoas não foram encontradas, e os nomes de dez delas constam de uma lista que a polícia considera de prováveis vítimas de homicídios. Para a infelicidade das famílias, as evidências apontam que a chance de estarem vivas é pequena. Em comum, elas têm o fato de serem, a maioria, pardos ou negros, pobres, desempregados e de estarem envolvidos com algum tipo de atividade ilícita antes do desaparecimento.
Mas há também outra coincidência, ainda mais intrigante, relacionada ao sumiço dessas pessoas, que tem chamado a atenção do poder público. Os últimos desaparecidos que constavam da lista de prováveis homicídios foram localizados boiando nas águas de rios da capital. Foram cinco corpos no Meia Ponte e um no Córrego Caveirinha, só este mês. Desses, três foram identificados: Warlei Ferreira Lima, de 18 anos, usuário de drogas; Wallisson Ribeiro Marques, de 19; e Everton Nascimento Silva, de 18 anos, também usuário de drogas.
Apenas o caso de Wallison está solucionado. Um policial militar de Aparecida de Goiânia está preso, acusado do crime. A chefe da Divisão de Desaparecidos da DEIH, Lúcia Andréia Costa Gonçalves, que participou da investigação, explica que após uma pessoa comunicar o desaparecimento de um familiar na delegacia, a polícia inicia um levantamento para apurar os rastros da vítima. “A gente se depara com casos de todo tipo: de filhos que fogem de casa, de mulheres que abandonam os maridos, de gente que se esconde.” Esses, segundo ela, normalmente são resolvidos.
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segunda-feira, julho 30, 2007
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