Os móveis estavam na porta da casa de Solange Lopes Nepomuceno, 26, no Conjunto Morada Nova, em Senador Canedo. No colo, a filha de 2 anos e, ao lado, os outros filhos, três meninos com idade entre 5 e 8 anos. Todos tentavam entender o que estava acontecendo. Por volta das 16h de ontem, um oficial de justiça e policiais militares chegaram para cumprir o mandado de reintegração de posse. A família teve que deixar a casa.
Indignada, a dona de casa apresentou documento da Agência Goiana de Habitação (Agehab), datado do dia 21 de maio, provando que poderia morar naquela casa da Rua C-5, onde já estava há cerca de 2 anos. “Estou aqui há dois anos, minhas coisas foram tiradas da minha casa, e, como não conseguiram tirar tudo, trancaram o portão e levaram as chaves.” Decisão do juiz Fernando Ribeiro de Oliveira, da Comarca de Senador Canedo, determinou que a casa onde mora a dona de casa com o marido e os filhos seja devolvida para Nilva Maria de Oliveira, que seria a verdadeira proprietária do imóvel. Segundo a vizinha Odéssia Augusto de Oliveira, 78, a casa estava desocupada quando Solange passou a morar, e que, até então, a antiga dona não havia aparecido. “Não tinha ninguém na casa quando ela veio para cá. Já moro aqui há quatro anos.”
O presidente da Agehab, Álvaro Lourenço, afirmou que desconhece o processo e, por isso, não pode opinar. Ele orientou a família a documentar o caso para ser verificado. Por volta das 19h, o Conselho Tutelar de Senador Canedo esteve no local para levar a família para um abrigo provisório. Porém Solange e o marido preferiram ficar na casa de vizinhos, para onde também vão os móveis. O casal foi orientado a entrar com recurso no Ministério Público para reaver a posse da propriedade.
Dê sua opinião ocidadao.net@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário