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sábado, maio 05, 2007

Medina é acusado de negociar sentença com banco

Toda época tem uma trilha sonora que a caracteriza. No passado, as épocas eram associadas a músicas. A julgar pelo noticiário dos dias que correm, a época atual será lembrada, no futuro, pelo som dos grampos telefônicos captados pela Polícia Federal.

O áudio dos diálogos é um grito que avisa ao país que a corrupção imiscui-se no Judiciário com uma intensidade jamais suspeitada. Nesta sexta-feira (4), descobre-se que o ministro Paulo Medina, do STJ, pode ter estendido o comércio de sentenças ao mercado financeiro.

Virgílio Medina, irmão do ministro, é, segundo a PF e o Ministério Público, o mercador das sentenças de Paulo Medina. Pois bem, além de todos os diálogos já conhecidos, revelou-se agora que há um outro em que Virgílio negocia uma decisão judicial do irmão em favor de uma casa bancária.
A encrenca foi noticiada pelo Jornal Hoje, da TV Globo (assista à reportagem aqui). Virgílio foi pilhado pela PF no instante em que combinava com o advogado do banco uma viagem a Brasília, para tratar do assunto. Ao julgar o caso, diz o telejornal, Medina decidiu, veja você, em favor do banco. Interrogado nesta sexta, no Rio, Virgílio Medina negou, negou e negou.

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