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quarta-feira, setembro 12, 2007

CELG reduz preço da energia em 5,76%

A partir de hoje, o goiano vai pagar menos pela energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou ontem o reajuste das tarifas da Celg Distribuição S.A. (Celg D) e Companhia Hidroelétrica São Patrício (Chesp), ambas com atuação em Goiás. O reajuste é de 3,04%, mas a Celg vai deixar de cobrar despesas financeiras que equivaliam a 6,4% na conta de luz. Isso vai resultar na redução de 4,12% para consumidores residenciais e 4,14% para industriais.

Por enquanto, a redução será maior, já que a Celg está impedida de reajustar a tarifa enquanto não quitar dívida de R$ 300 milhões referentes a encargos com o setor energético, entre eles, a conta de consumo de combustíveis. Até que isso ocorra, a Celg vai cobrar do consumidor residencial uma tarifa sem o reajuste e sem os ajustes financeiros que vinham sendo cobrados desde setembro do ano passado. Os ajustes se referem à cobertura de despesas financeiras pagas pelo consumidor ao longo dos últimos 12 meses, desde o último reajuste, de 11,75%, em setembro de 2006. Na prática, a redução na conta vai ser de 5,76% em média, até que a Celg normalize a situação com a Eletrobrás.

O superintendente de economia da Celg, Gesmar José Vieira, explicou que a empresa pretende quitar a dívida em 30 dias. Os recursos viriam de acordo com o Estado – maior devedor da companhia. “O próprio presidente da Celg, Enio Andrade, está empenhado nisso. A inadimplência será resolvida via operação de monetização de créditos da Celg com o Estado via BNDES”, explicou Gesmar.

Na atual tarifa, é cobrado do consumidor residencial o valor de R$ 0,312 por quilowatt-hora (kW/h). A tarifa cai para R$ 0,293 kW/h até que a Celg quite a dívida. Depois passa a R$ 0,299 kW/h. Este valor só será repassado ao consumidor depois que a Celg comprovar na Eletrobras o pagamento dos encargos. Já a Chesp poderá aplicar apenas parte do reajuste autorizado e corrigir suas tarifas em 7,30% para baixa tensão e 2,85% para alta tensão.

A Aneel explica que pelo fato de a empresa comprar energia da Celg – e esta está impedida de reajustar sua energia –, o índice de correção dos custos não pode considerar os gastos que terá com a compra de energia com preço modificado. A Chesp atende 27,6 mil unidades consumidoras no Vale do São Patrício.

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