O presidente da Assembléia Legislativa, Jardel Sebba (PSDB), ao comentar a situação financeira da Casa, disse dispor de informações sobre a existência de funcionários morando no exterior. “Não podemos admitir uma coisa dessas. Mas eu não sei se isso é verdade”, disse ontem pela manhã durante visita ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).As suspeitas sobre a existência de fantasmas, no Estado e até fora do Brasil, certamente contribuíram para a decisão do presidente em exonerar todos os servidores comissionados da Casa, quatro dias depois de assumir o cargo, em 1º de fevereiro.
Jardel espera ter em mãos, nas próximas semanas, uma “ressonância magnética”, conforme ele mesmo denomina, da Assembléia, explicando que nem mesmo uma radiografia ou uma tomografia computadorizada seria suficiente para se ter um quadro exato de toda a situação da Casa.
Por isso, não há como precisar o número de funcionários que estariam nessa situação irregular, nem em que países estariam morando, assim como ainda não é possível saber quando teriam sido nomeados. Só mesmo o levantamento final, que está em andamento, esclarecerá essas e outras questões.
Jardel atribui a falta de informações sobre a situação da Assembléia porque não houve uma transição com a gestão anterior, mas sustenta que há dívidas, sem, no entanto, falar qual seria o montante. “Estamos tomando pé da situação”, salientou, assegurando que não vai honrar com os contratos em andamento.
Sobre a nova sede da Assembléia Legislativa, o presidente voltou a comentar que não dará continuidade à obra, argumentando que não há recursos, da ordem de R$ 60 milhões, para bancá-la. “Ontem (segunda-feira) recebi cobrança até de assinatura de jornal que não foi paga”, exemplificou. “Devendo todo mundo, com a credibilidade em baixa, o Estado passando por um momento difícil, acho que seria um contra-senso muito grande, num momento tão delicado como esse, falar em construir uma sede nova de R$ 60 milhões.”
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