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sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Um laptop por aluno

As primeiras notícias no Brasil sobre o projeto “Um laptop por aluno” sairam em janeiro de 2005. A idéia é simples: distribuir um micro-computador para cada aluno em países pobres. Essa não é uma iniciativa brasileira. Tudo começou na cabeça de um dos maiores gurus da tecnologia mundial, o norte-americano Nicholas Negroponte, numa conferência no Fórum Social Mundial em Davos, Suíça. A meta, segundo Negroponte, é fornecer às crianças novas oportunidades de explorar e de se expressarem.

O projeto de Negroponto visa tornar acessível o uso da internet e recursos de computador às crianças mais pobres que residem em lugares remotos do planeta e criar micros que sejam baratos o suficientes para que os governos de países em desenvolvimento possam adquirí-los. O preço inicial sugerido: US$ 100. Nome de batismo: XO. O Brasil deve receber mil unidades do laptop de US$ 100 (os custos agora elevaram o preço para US$130, segundo o Ministério de Minas e Tecnologia) até o fim de fevereiro. Esses exemplares irão para escolas públicas de São Paulo e Porto Alegre para realização de testes durante seis meses. O governo fará testes com mais dois notebooks: o Clasmate, da Intel, e o Mobilis, da Encore Software da Índia. Apenas quando a análise terminar, será decidido qual máquina comprar.

Mesmo com a aprovação de qualquer desses modelos, ainda restará a qergunta de quantos serão adquiridos pelo governo. Para participar, cada país inte-ressado deve asumir o compromisso de adquirir 1 milhão de máquinas, o que daria US$ 130 milhões ou R$ 280 milhões, isso só para começar. Sem contar com os custos da instalação de redes de internet nas escolas e da manutenção.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil tem cerca de 40 milhões de alunos matriculados em escolas públicas. Para que todos tivessem um XO, o governo teria de arcar com aproximadamente R$ 11 bilhões.

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