O nome da banda The Doors, uma das mais veneradas pelo mundo, foi tirado do livro The Doors of Perception, de Aldous Huxley. Huxley, por sua vez, buscou o título num poema de William Blake, poeta do século XVIII que dizia: “Se as portas da percepção fossem abertas, tudo apareceria ao homem como realmente é, infinito.”
Os fãs da banda comemoram seus 40 anos. The Doors, criado por volta de 1967, era composto por Jim Morrison (voz), Ray Manzarek (teclas), Robby Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria). Morrison, o grande nome do grupo, levou tão a sério o lance da abertura das portas da percepção que morreu numa viagem de heroína, embora os médicos tenham dito que foi parada cardíaca.
Volta e meia, ex-integrantes da banda tentam ressuscitá-la. Na última tentativa, o baterista John Densmore moveu ação contra o tecladista Ray Manzarek e o guitarrista Robby Krieger, por “banalizarem o nome The Doors”. A nova formação, Doors of the 21st Century, teve que ser rebatizada de Riders on the Storm, porque Densmore ganhou a ação.
O The Doors recebeu um prêmio especial no 49º Grammy. O grupo, que foi liderado por Jim Morrisson, nunca havia ganho nenhuma categoria na premiação. Dois dos integrantes da banda estavam na platéia e ficaram emocionados com as imagens de arquivo, transmitidas no telão da festa. O guitarrista da banda, Robby Krieger, disse, na entrega do prêmio, que o vocalista, Jim Morrison, que morreu em 1971, teria ficado “muito honrado” pelo reconhecimento.
Mesmo com o fim da banda, em 1970, e a morte de Morrison, em 1971, cresceu cada vez mais o interesse dos jovens pela música do The Doors. Seus discos já venderam mais de 50 milhões de cópias pelo mundo, número que não deixa dúvidas sobre a veneração ao grupo norte americano.
Morrison, um bom poeta, fez seu nome em cima de muita rebeldia. A banda peitou a censura e o vocalista, várias vezes, teve problemas com a polícia. Como acontece com boa parte dos ídolos, após a morte de Morrison vieram os boatos de que ele teria simulado sua morte para escapar da popularidade. Essa mesma boataria atingiu John Lennon e Elvis Presley.
O filme The Doors, dirigido em 1991, por Oliver Stone, reacendeu a idolatria à banda. A atuação de Val Kilmer, no papel de Morrison, foi chamada de “reencarnação”. Apesar do sucesso, o filme é chato e não consegue mostrar o talento de Morrison. Antes, o trata como um drogado à beira de um ataque.
O grande sucesso dos Doors, sem dúvida, é a canção Light my fire. Para críticos, se Beatles e Stones pregavam uma vida alternativa com paz e amor, os Doors apontavam para uma existência de muito caos e revolta. Jim Morrison dizia que aqueles eram tempos “perigosos e assassinos”.
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