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segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Vem aí o PC, o Partido do Calote

O PT e o PSDB caminham para um calote milionário no disputado mercado das campanhas políticas. Os dois partidos fecharam as campanhas presidenciais de 2006 com um rombo de R$ 30 milhões e não têm perspectiva de pagamento a curto ou médio prazos. Em dezembro, após a prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os dirigentes petistas e tucanos se comprometeram a saldar a dívida com os credores. Mas os tesoureiros reclamam da dificuldade na arrecadação de doações e admitem que não têm dinheiro.

Ao final da eleição, o presidente Lula transferiu para o PT uma dívida de R$ 10,3 milhões de sua campanha. Já o comitê de Geraldo Alckmin, do PSDB, ficou no vermelho em R$ 19,9 milhões.

O tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, conta que, somadas com as contas das campanhas de 2004 (R$ 40 milhões), o partido tem hoje dívidas de R$ 50 milhões. E não há perspectiva de pagamento a médio prazo. Ao contrário de 2002, quando o dinheiro fluiu fácil – seja com doações de estatais ou empréstimos avalizados pelo empresário Marcos Valério –, desta vez os dirigentes do PT reclamam que o caixa está vazio.

Da dívida da campanha de Lula, o partido pagou até agora apenas R$ 2 milhões com recursos próprios, do Fundo Partidário. No auge da campanha à reeleição, um grupo de empresas se comprometeu com o então coordenador Marco Aurélio Garcia a pagar R$ 4 milhões. Nem isso nem novas doações aconteceram em 2007.

O quadro de penúria não é diferente no PSDB. Coordenador da campanha de Alckmin e um dos responsáveis pela arrecadação, o ex-ministro Eduardo Jorge Caldas informa que o partido só conseguiu saldar até agora R$ 2 milhões da dívida de R$ 19,9 milhões, com recursos do Fundo Partidário e poucas contribuições. Mas descarta o risco de calote.

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