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domingo, fevereiro 25, 2007

Deus no céu, bispos e apóstolos na terra

Donos de verdadeiras fortunas, a exemplo dos autoproclamados bispos Sônia e Estevam Hernandes (presos recentemente nos Estados Unidos com dólares na Bíblia), da Igreja Renascer em Cristo, e do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, pastores de algumas igrejas evangélicas, sobretudo as neopentecostais, têm transformado a fé em um negócio pra lá de lucrativo. Do nada e sem história que justifique intitulações de grandeza, eles abrem e fecham seus templos como se fossem verdadeiras empresas. O alerta de Cristo no Evangelho de Lucas, capítulo 16, versículo 12, é sempre esquecido: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque odiará a um, e amará o outro, ou se prenderá a um e desprezará o outro. Não se pode servir a Deus e a Mamon (termo aramaico que significa dinheiro)”.

De acordo com especialistas em religião e psiquiatras, muitos pastores, para envolver os fiéis, transmitem a idéia de que são os verdadeiros enviados de Deus ou até mesmo o próprio. Com discursos inflamados, eles garantem ouvir a voz de Deus, conversar pessoalmente com Ele e, por fim, se autoproclamam bispos e apóstolos, contrariando, inclusive, os ensinamentos da Bíblia. E tudo para mostrar seu poder praticamente sobrenatural. Afinal, teriam essas pessoas algum problema psicológico ou seriam simplesmente talentosos marqueteiros da fé?

Durante uma entrevista, um repórter, que prefere não ser identificado, se referiu ao apóstolo César Augusto, fundador da Igreja Fonte da Vida (ex-Ministério Comunidade Cristã), como pastor. Imediatamente, o religioso o corrigiu: “Não sou pastor, sou apóstolo”. Para o téologo Odilon Mendonça de Oliveira, 54, que há 23 anos é pastor da Igreja Assembléia de Deus, apóstolo e bispo são denominações usadas de forma equivocada.

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