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quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Câmara decide extinguir 1.050 cargos de confiança

Os deputados aprovaram nesta quarta-feira (7) uma providência moralizadora. Extinguiram-se 1.050 cargos de confiança. As vagas atendiam pelo apelido de CNES (cargos de natureza especial).

Era, em verdade, um cabide no qual os deputados penduravam os seus apaniguados. Gente que entrava na folha salarial do Legislativo pela janela, sem concurso público. Os salários variavam de R$ 1.500 a R$ 8.200.

Contratados para prestar assessoria a órgãos técnicos da Câmara, muitos dos felizardos eram deslocados para os gabinetes de seus padrinhos. Em Brasília e nos Estados. Na prática, fugiam a qualquer tipo de controle administrativo.

A expulsão dos CNES da folha proporcionará uma economia anual de R$ 40 milhões. A decisão fora tomada sob Aldo Rebelo (PCdoB-SP), no ano passado. Decidiu-se passar os cargos na lâmina depois que eles freqüentaram o noticiário com cara de escândalo. Fez-se por pressão o que não havia sido feito por bom-senso.

O corte encontrava-se, porém, pendente de aprovação. Foi a voto agora por decisão de Arlindo Chinaglia (PT-SP), recém-acomodado na cadeira de Aldo. Numa Casa conhecida pela proliferação de deformações e privilégios, a extinção de 1.050 cargos não é muita coisa. Mas é um bom começo.

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