Era, em verdade, um cabide no qual os deputados penduravam os seus apaniguados. Gente que entrava na folha salarial do Legislativo pela janela, sem concurso público. Os salários variavam de R$ 1.500 a R$ 8.200.
Contratados para prestar assessoria a órgãos técnicos da Câmara, muitos dos felizardos eram deslocados para os gabinetes de seus padrinhos. Em Brasília e nos Estados. Na prática, fugiam a qualquer tipo de controle administrativo.
A expulsão dos CNES da folha proporcionará uma economia anual de R$ 40 milhões. A decisão fora tomada sob Aldo Rebelo (PCdoB-SP), no ano passado. Decidiu-se passar os cargos na lâmina depois que eles freqüentaram o noticiário com cara de escândalo. Fez-se por pressão o que não havia sido feito por bom-senso.
O corte encontrava-se, porém, pendente de aprovação. Foi a voto agora por decisão de Arlindo Chinaglia (PT-SP), recém-acomodado na cadeira de Aldo. Numa Casa conhecida pela proliferação de deformações e privilégios, a extinção de 1.050 cargos não é muita coisa. Mas é um bom começo.
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