Acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público por suposta tentativa de fraude em licitação do Tribunal de Justiça de Goiás, David Coutinho foi afastado ontem da presidência da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg). A juíza substituta da 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Suelenita Soares Correia, acatou liminar do MP que pedia o afastamento de Coutinho. Com isso, assume o cargo o vice-presidente da Junta, Maurício Rezende de Almeida, ex-presidente do Sindicato da Habitação do Estado de Goiás (Secovi).
Segundo versão do governo do Estado, o ex-titular da Juceg já havia protocolado no Gabinete Civil da Governadoria o pedido de exoneração às 13 horas, antes de ser informado da decisão da juíza. O governador assinou ontem mesmo o decreto de exoneração de seu ex-auxiliar, que foi publicado à noite em suplemento do Diário Oficial. Coutinho ainda permanece como vogal na Juceg, representando a Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg), mas há a perspectiva de que também deixe a função.
No início da noite de ontem, após se reunir pela segunda vez com o governador Alcides Rodrigues (PP) no Palácio das Esmeraldas, Coutinho enviou nota à imprensa onde desclassifica as denúncias e diz que irá processar seus acusadores. Na nota, o ex-presidente da Junta informa que, diante das denúncias, sua primeira atitude foi se afastar do cargo.
Segundo auxiliares do governo, ainda não há uma definição se Maurício
Rezende ficará definitivamente na presidência da Juceg ou se o governador pretende indicar outro nome mais adiante. O Palácio das Esmeraldas deve consultar os sindicatos e associações ligados ao setor produtivo para avaliar a aceitação de Maurício. Empresário do ramo imobiliário, o novo titular da Juceg ocupa atualmente a 1ª vice-presidência da Secovi. Sua indicação à vice de Coutinho foi bancada pela Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio).
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