O parecer de 1,1 mil páginas elaborado pelo relator da CPI do Apagão Aéreo, Demóstenes Torres (DEM-GO), cujo resumo começou a ser lido ontem na comissão, identificou sobrepreço de R$ 35,7 milhões na construção do novo aeroporto de Goiânia, que está orçado, segundo a Infraero, em R$ 349 milhões. O relatório constatou que houve algum tipo de irreguralidade nas obras de 11 aeroportos administrados pela Infraero e pede o indiciamento de 23 pessoas, principalmente, por crime contra o procedimento licitatório, improbidade administrativa e formação de quadrilha. O texto ainda deve ser votado pelo plenário da CPI.
Segundo Demóstenes, apenas verbas federais foram desviadas na obra do aeroporto da Capital e não há nenhum servidor do Estado entre as pessoas que possivelmente serão indiciadas pelo Ministério Público Federal (MPF). “A contrapartida estadual para a obra é quase irrelevante diante dos recursos do governo federal. Trata-se de uma quadrilha apenas de funcionários e ex-funcionários da Infraero”, ressalta.
De acordo com o relatório, servidores da Infraero e funcionários de empreiteiras organizaram um esquema para superfaturar obras em vários aeroportos do País que teria levado mais de R$ 500 milhões dos cofres públicos.
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