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segunda-feira, outubro 01, 2007

PTB e PR assistem à troca de ataques com pessimismo

Espectadores privilegiados da crise que se instalou entre PP e PSDB, os demais partidos da base aliada assistem com pessimismo à troca de ataques entre o grupo político do senador Marconi Perillo (PSDB) e do governador Alcides Rodrigues (PP) na última semana. Presidentes dos dois principais partidos que ficaram alheios à crise, os deputados federais Sandro Mabel (PR) e Jovair Arantes mostram que não é só entre pepistas e tucanos que existem focos de insatisfação e sintomas de racha no bloco.

Mabel faz coro ao PP na provocação ao PSDB marconista e diz que não há candidato “natural” na base aliada ao governo do Estado em 2010. “É prematuro dizer quem será o candidato. Vamos ver como tudo se comporta em 2008.” Tudo indica que o partido deve caminhar com o PMDB na eleição do ano que vem. O deputado elogia Marconi, mas faz ressalvas à sua popularidade. “Marconi é bem avaliado no Estado, mas não vai tão bem em Goiânia.”

O PTB tem garantido apoio ao governo do Estado, mas preserva postura independente quando fala de sucessão estadual. Porém, ao tratar da escolha de um candidato do bloco para a disputa à Prefeitura de Goiânia, as divergências entre os partidos ficam acentuadas. “Continuam os problemas. Nós temos seis partidos aliados. Imagina você administrar isso”, diz. Na opinião de Jovair, o resultado das eleições de 2008 não será decisivo para o futuro da base aliada e sua coesão em 2010. “É outra situação. Agora, o importante é manter a unidade”, defende.

Mabel, por sua vez, prega liberdade para as lideranças locais no processo de escolha dos candidatos a prefeito. “Não tem esse negócio de candidato da base. Cada município vai escolher com quem deve se aliar em 2008”, argumenta o deputado, lembrando que o PR e o próprio PSDB devem se aliar ao PMDB em vários municípios, o que derrubaria a idéia de base aliada.

Em lua-de-mel com o prefeito e candidato à reeleição Iris Rezende (PMDB), Sandro Mabel afirma que eventual apoio do PR à candidatura do PMDB não sinaliza ameaça à união do bloco governista. “Apoiar um nome fora da base não significa nada. Depende apenas do nome.”

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