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sexta-feira, outubro 19, 2007

PSol é a esquerda viável


Cassio Chaves
Da editoria de Política & Justiça

Candidato à Prefeitura de Goiânia pelo PSol, o dirigente do partido, Martiniano Cavalcanti, recebe hoje a ex-senadora Heloísa Helena, presidente nacional da legenda, para uma reunião em que será discutida a estratégia da legenda para a disputa municipal de 2008. Martiniano fala sobre os desafios do PSol para crescer como força de esquerda e se tornar viável eleitoralmente.

Diário da Manhã O senhor pretende ser candidato à Prefeitura de Goiânia ano que vem?
Martiniano Cavalcanti - Eu serei candidato, não porque eu pretenda. Estou numa tarefa de construção de um projeto, e, como se diz, quem está na chuva é para se molhar. O partido está sendo construído como alternativa de poder real na sociedade brasileira. Então, essa disputa eleitoral nos municípios é muito importante. Em Goiânia, particularmente, é preciso fazer um balanço da trajetória histórica do irismo e do envelhecido do tal tempo novo. É preciso apontar um caminho novo que prepare essa cidade para o futuro que nós queremos construir no Brasil.

DM - O PSol é a única alternativa de esquerda para Goiânia?
Martiniano - Não. O PSol é a alternativa mais consistente. Nós constituímos uma frente de esquerda nas eleições presidenciais. Aqui existe o PCB e o PSTU, partidos que nunca se meteram em corrupção, nunca sujaram suas mãos com o neoliberalismo. Queremos que eles estejam conosco.

DM - Como o senhor avalia a administração de Iris Rezende e de que forma tentará se viabilizar como alternativa a ele?
Martiniano - Eu acho que o governo do Iris, comparado com o do Pedro Wilson (PT), é como se colocasse uma bicicleta para apostar corrida com um velocípede. Comparado com as necessidades que nós temos para uma cidade como Goiânia, é como se você quisesse montar em uma bicicleta e voar. Então, as pessoas às vezes tendem a considerar muito eficientes as medidas que Iris toma, porque se referenciam no passado do governo municipal.

DM - Então o senhor avalia a gestão de Iris como positiva?
Martiniano - Não. Queremos debater com ele a cidade de Goiânia e mostrar que é possível fazer muito mais do que se fez. Por que não se deu o apoio necessário para 12 mil famílias que constituem uma verdadeira praça produtiva na Feira Hippie todo fim de semana? Porque deixou a Estação Goiânia, irregularmente, ser construída numa área pública? Eu também gostaria de debater essa concepção de governo. Nós achamos que o dinheiro público deve ser para o público, integralmente. Não é apenas para fazer uma administração mediana e salvar a carreira política de alguém. Outra questão que eu queria debater com Iris é se ele é capaz de fazer a promessa de que vai governar a cidade por quatro anos. Ou ele será candidato a governador em 2010?

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