O Ministério Público de Goiás pediu a abertura de um inquérito para apurar supostas irregularidades na Assembléia Legislativa do estado entre 2005 e 2006, que envolveriam gastos de R$ 44,9 mil na compra de pizzas, pagamento de cerca de R$ 600 mil em diárias a 12 funcionários da Casa e a contratação de uma empresa sem licitação.
O procurador-geral de Justiça aguarda investigações da Polícia Civil para decidir se oferece ou não denúncia contra o presidente da Assembléia da época, Samuel Almeida (PSDB). O pedido de investigação foi feito no primeiro semestre deste ano com base em reportagem do jornal “O Popular”, que trazia as denúncias.
O inquérito foi aberto em setembro. O delegado responsável pelo caso, Celso Ferreira, explicou que enviou um ofício à assembléia pedindo cópia de documentos, notas de empenho e cheques de despesas sobre os casos das diárias e da empresa contratada.
Segundo ele, os gastos com pizzas não seriam, em princípio, crime de desvio de verbas. "Isso é improbidade administrativa, má gestão de dinheiro público. O que é má gestão do dinheiro público, às vezes não é crime de desvio de dinheiro público", disse, explicando que, se for comprovado desvio de dinheiro neste caso, "o Ministério Público vai pedir instauração de outro inquérito".
O delegado espera receber as informações da assembléia até o fim do mês. Caso isso não ocorra, disse, enviará novo pedido, fixando data para o envio dos documentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário